sábado, 30 de maio de 2009

Ponto de partida

O Código das Necessidades Educacionais Específicas, como ponto de partida, apresenta uma descrição básica das dificuldades de comportamentos. Os alunos com dificuldade podem:

· Ser retraídos ou isolados;

· Ser disruptivos e perturbadores;

· Ser hiperativos e apresentar concentração insuficiente;

· Ter habilidades sociais imaturas;

· Apresentar comportamentos desafiadores decorrentes de outras necessidades especiais complexas.

O educador tem que observar seus alunos e ser sensível para poder perceber essas características e fazer uma avaliação adequada.

Existem alguns fatores que se relacionam aos distúrbios de comportamento:

Ambiente social: algumas crianças tendem a imitar comportamento de outras pessoas, tanto as que conhecem pessoalmente, como as que observam na televisão.

As crianças que vêem como modelos a serem seguidos pessoas violentas que são recompensadas por seus atos agressivos tendem a imitar esses atos em busca de uma recompensa também.

Ambiente familiar: meninos, filhos de casais divorciados apresentam muitas vezes distúrbios de comportamento, pois recebem menos apoio e cuidado positivo do que as meninas e são vistos mais negativamente pelas mães e professores no período que segue o divórcio. Porém, uma família que os pais não são separados, mas, que vivem brigando pode ser mais prejudicial ainda à criança, pois apresenta um auto grau de destrutibilidade. Esse distúrbio é mais evidente em famílias nas quais os cuidados da criança passa por diferentes cuidadores, ou, em famílias onde há práticas rígidas inconsistentes ou negligentes em relação aos filhos.

Fatores biofísicos: o distúrbio de conduta tem a porcentagem maior em meninos do que nas meninas, pode-se interpretar isso, como sendo a diferença no tratamento que a sociedade faz entre meninos e meninas.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Kirk e Gallagher e os quatro elementos de classificação

Para poder a classificar o distúrbio de comportamento, Wood (1982) (apud Kirk e Gallagher) destaca quatro elementos:
1. O elemento perturbador: O que ou quem é visto como sendo o centro do problema?
2. O elemento comportamento problema: Como é descrito o comportamento problema?
3. O elemento ambiente: Em que ambientes ocorre o comportamento problema?
4. O elemento pessoa perturbada: Quem considera o comportamento como um problema?
O educador tem que estar atento aos comportamentos de seus alunos e levar em consideração aos quatro elementos citados acima para poder ajudar seus alunos com este problema, pois, é no dia a dia de convivência em grupo que o ser humano aprende a perceber o outro como legítimo outro, aprende a negociar, interpretar as ações alheias e controlar suas próprias atitudes.
Existem alguns métodos de instrumentos de avaliações para identificar crianças com problemas de comportamento. Há métodos mais comuns e instrumentos mais tradicionais que incluem testes, classificações, observações e entrevistas. Também há testes psicológicos, como as escalas de autoconceito e os teste projetivos, os resultados são mais eficientes, mas, requer um auto grau de sofisticação e sua interpretação experiência clínica.

DISTÚRBIO DE COMPORTAMENTO


Os professores passam por grandes desafios no ambiente escolar, na realização dos planejamentos, na interação entre alunos e professor, para poder realizar um ensino significativo e mudanças de atitudes.

O comportamento anti-social é outro desafio que o professor tem que enfrentar em sala de aula. Muitas crianças têm dificuldades para se relacionar com seus pares e até mesmo a relação, professor e aluno está cada vez mais difícil.

Comportamentos como a mentira, o matar aula, podem ser considerados como fazendo parte da normalidade do desenvolvimento infantil. Para diferenciar normalidade de comportamento psicológico considerado anti-social, sendo um distúrbio de comportamento, é importante verificar se ocorrem esporadicamente e de modo isolado ou se constituem síndromes, representando um desvio do padrão de comportamento esperado para pessoas da mesma idade e sexo em determinada cultura. Os alunos com dificuldades de relacionamento são aqueles que não respondem com o que a escola normalmente oferece, interferindo de modo substancial ou regular em sua aprendizagem ou na do grupo.

A literatura centra o tema do comportamento anti-social sob diferentes pontos de vista, levando em conta os aspectos legais e psiquiátricos.

O livro Educação Da Criança Excepcional de Kirk e Gallagher, diz que

[...]a maioria das definições baseia-se em critérios de que as crianças com problemas de comportamento revelam comportamento inadequado para a idade, o que resultará em conflito social, infelicidade pessoal e fracasso escolar. (1996, p.320)

Sabemos que as crianças demonstram comportamentos variados dentro de um período e outro, para podermos classificar como distúrbio de comportamento vai depender, conforme o autor Kirk e Gallagher, das “dimensões de intensidades e duração para que se possa distinguir entre comportamento normal e excepcional” e também de quem observa tais comportamentos.

O psicólogo Yves De La Taille, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, defende que a escola ajude a formar pessoas capazes de resolver conflitos coletivamente, pautados pelo respeito e solucionar problemas sociais. Para ele “a dimensão moral da criança tem de ser trabalhada desde a pré-escola. Ética se aprende, não é uma coisa espontânea”. Isto significa que a escola tem que ajudar as crianças a desaprender as habilidades inadequadas e aprender as apropriadas.

Com base em critérios diagnósticos internacionais, verifica-se que o comportamento anti-social persistente faz parte de alguns diagnósticos psiquiátricos. O transtorno de conduta e o transtorno desafiador de oposição são categorias diagnósticas usadas para crianças e adolescentes, enquanto o transtorno de personalidade anti-social aplica-se aos indivíduos com 18 anos ou mais.

Os problemas sociais podem levar uma criança a ter dificuldades sociais cada vez mais sérias porque, se sentem infelizes e são impulsionadas pelas agressões. Geralmente essas crianças possuem poucos recursos necessários para a aprendizagem social.

Através de um olhar sensível dos educadores, e de acompanhamento com especialistas, crianças que tem dificuldades de relacionamento pessoal, social e emocional são diagnosticadas com Distúrbio de Comportamento.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Nossa...

Onde é que fomos nos meter... Escolher logo um assunto difícil de ser identificado como sendo uma necessidade educativa especial.
Às vezes a Fê até dizia que iria se jogar da ponte do Guaíba... (bem capaz que ela ia fazer isso, né, mas que nos apavorou, isso é verdade!!!)
Mas como a maioria das coisas nessa vida não é fácil, aceitamos o desafio, arregaçamos as mangas e fomos a luta. O resultado, seja o que Deus quiser.

Mas porque os distúrbios de comportamento ( transtorno desafiador de oposição e desvio de conduta) são difíceis de serem identificados dentro de nossas salas de aula? Porque dependem de um olhar sensível dos educadores, que muitas vezes confundem esses distúrbios com "falta de educação", "teimosia", "nada que uma boa surra não resolva"... e por vezes essas crianças e jovens são negligenciados por nós e têm seu futuro incerto e provavelmente marcado por violência que não resulatará em boa coisa. O futuro dessas crianças depende de nós, de sabermos identificar, de sabermos planejar nossas aulas de forma que as necessidades dessas crianças sejam contempladas, de encaminhá-las a serviços de ajuda... enfim é difícil, mas não impossível!

sábado, 16 de maio de 2009

Objetivos

Escolhemos o tema Distúrbio de Comportamento com o objetivo de saber qual o problema que ocorre no processo ensino-aprendizagem e quais as práticas pedagógicas que podem ser trabalhadas com as crianças que tem essa necessidade especial.